Recordo um momento datado no tempo, em 2000. Cerca de um mês depois do senhor ser nomeado Director “altamente remunerado” (palavras suas na ocasião) do futebol do Clube, esteve presente no Encontro de Núcleos realizado em Alcochete. Nessa sessão, entre várias explicações não me esqueço de uma afirmação contundente da sua parte. “Vou ser altamente remunerado para me dedicar por inteiro aos objectivos do Clube e aceito que depois me julguem pelo cumprimento ou não do serviço”.É importante recordar o que aconteceu a seguir. Durante os três anos em que se manteve o cargo, o Sporting foi campeão nacional uma vez. Com que equipa? Com uma equipa razoável onde pontificava um excelente finalizador. E quais foram os custos que isso provocou na gestão do clube? Posso afirmar que foram enormes.E o senhor que é considerado um gestor de cinco estrelas não fez nada de diferente ao que outros fizeram no passado na gestão do clube. Mas, uma coisa é diferente: foi dos que mais aumentou o passivo do clube e como tinha consciência da situação saiu airosamente com menos um mês de exercício no seu ultimo ano de funções. Deixou a época seguinte preparada apenas e somente com a contratação do treinador, quanto ao resto nada mais. Mas, o seu silêncio ao longo destes anos permitiu anestesiar muitos associados que não conhecem na profundeza certas situações. O seu silêncio a juntar às manobras que foram ocorrendo, faz-me recordar a guerrilha taliban!
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Porque nunca vi em clube algum no mundo um candidato a presidente da direcção colocar como condição para aceitar candidatar-se que o actual treinador se mantenha em funções, mesmo quando já deu provas que as capacidades de sucesso são limitadas. Por outro lado, caso o senhor venha a ser eleito ficamos desde já a saber que num dia em que ocorra a necessidade de substituir o treinador o senhor também terá que sair.
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IN: Sócio do Sporting
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